Câmara de Bragança ignora Justiça e cassa vereadora; voto expõe política da obediência Ministério da Justiça cobra Pará e ameaça bloquear repasse de verba da segurança Sem partido, Sabino vira "joia da coroa" na disputa por vaga no Senado em 2026
EM BELÉM

Saúde básica tropeça em sujeira em Belém e atendimento vira um "Deus nos acuda"

Limpeza precária, falta de materiais e funcionários terceirizados atrasam serviços nas unidades básicas de saúde da capital.

  • 513 Visualizações
  • 15/09/2025, 08:00
Saúde básica tropeça em sujeira em Belém e atendimento vira um
N


os bastidores da saúde pública de Belém, servidores trocam mensagens em grupos de WhatsApp que mais parecem murais de reclamações. Entre emojis cansados e alertas sobre protocolos, surge um cenário em que problemas aparentemente simples viram pedras no sapato da população - e da própria gestão municipal.

 

Portal da Transparência exibe o “esquadrão” da limpeza das unidades de saúde, mas a realidade em prints de grupos de funcionários da prefeitura/Fotos: Divulgação.

Até curativo é desafio

Na UBS Benguí 2, pacientes com pé diabético buscam curativos e recebem, no máximo, um “volte outro dia”. Nas unidades do Telégrafo e de Fátima, a situação não é melhor: curativos suspensos, usuários impacientes e equipes tentando explicar o inexplicável. Soluções? Só no campo das promessas.

 Varre, mas não limpa

A precariedade na limpeza reina soberana. Há postos onde apenas um funcionário da empresa terceirizada se desdobra para dar conta da higienização. Nem só de poeira vivem as UBS. No Guamá, a falta de água interditou salas de vacina e curativos, segundo mensagens de gestores. A empresa responsável, 3i Comércio e Serviços de Manutenção, parece ter adotado o método “esperar chover” para resolver o problema.

Vassoura para Mosqueiro

Na UBS Carananduba, em Mosqueiro, o atendimento é 24 horas - mas a limpeza, nem tanto. Um funcionário terceirizado cumpre horário até as 17h. À noite, chega outro, vindo exausto de outra unidade. Servidores pedem, ao menos, quatro pessoas para revezar. Até agora, nada.

Vacina depende do rodo

A UMS da Sacramenta viu salas de vacina, curativo, odontologia e PCCU fechadas por… falta de limpeza. No ritmo atual, não demora para que a população precise levar o balde e a vassoura junto com o cartão do SUS.

Enquanto pacientes esperam atendimento, profissionais tentam equilibrar demandas e escassez. O maior vilão é a falta de pessoal terceirizado, principalmente para a limpeza. Sem reforço urgente, a saúde básica de Belém continuará tropeçando - e a sujeira seguirá acumulando mais rápido que as soluções.

Papo Reto

O já famoso Hotel COP30 (foto), na Primeiro de Março, Centro de Belém, foi protagonista ontem nas páginas do jornalão americano “The New York Times”, com direito a foto de Anderson Coelho para a Agência France Press-Getty Images.

•Meio que enxugando gelo, a Polícia Federal apreendeu mais quase 100 quilos de cocaína em navio no Porto de Vila do Conde, Barcarena.

A droga estava oculta, acredite, na caixa de mar - uma abertura feita no casco abaixo da linha de flutuação, destinada ao suprimento de água do mar para resfriamento de motores, alimentação do sistema de combate a incêndio e também para descarregar água de sistemas diversos -, da embarcação, cujo destino seria o Oriente Médio.

•Já "subiu" para a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara, proposta do deputado federal Ruy Carneiro, do Podemos da Paraíba, propondo o "desmame gradual" do Bolsa Família, como forma de incentivar a formalização.

Caso seja aprovado, o projeto prevê que o benefício seja reduzido em 20% a cada ano após sua contratação, até ser totalmente extinto no quinto ano. 

•“Careca do INSS" decidiu prestar depoimento na CPMI, hoje, mesmo tendo sido desobrigado pelo Supremo Tribunal Federal.

O presidente da Comissão, senador Carlos Viana, disse que vai "recorrer da decisão suprema". Recorrer a quem, cara pálida?

Mais matérias OLAVO DUTRA

img
Olavo Dutra

Jornalista, natural de Belterra, oeste do Pará, com 48 anos de profissão e passagens pelos jornais A Província do Pará, Diário do Pará e O Liberal.